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Nova aposta no rap nacional, o som de PAIMON vai perturbar

Experiências new metal leva um dos roqueiros mais influentes de Goiânia a cantar Rap e fazer um som do caralho! Paulo Rocha, vocalista da banda “A Úlima Theoria” agora é PAIMON em novo projeto solo. A título de curiosidade, Paimon é o nono demônio da Goétia (invocação dos anjos caídos) e o melhor amigo de Lúcifer. Ele é o demônio das artes e tem as respostas pra todas as dúvidas humanas.

Pautado nessa ideia sombria e visceral que o cantor Paulo Rocha, de 27 anos, inicia uma outra caminhada profissional, agora no Rap. O primeiro disco do cantor nessa nova identidade musical está sendo produzido, a convite, pelo mestre Mortão VMG e deve ser lançado em abril deste ano. Mas já tem clipes de Paimon circulando no youtube.

Genuinamente goiano (de Anápolis), Paulo Rocha é músico, compositor e, desde 2010, vocal em A Última Theoria junto com outros quatro integrantes. O grupo faz um rock pesado e é uma das bandas mais representativas do metal em Goiás. Embora o rock tenha sido sua maior referência, o Rap sempre fez parte de suas influências musicais.

“Eu sempre escutei Rap e Rock, foram 2 estilos que caminharam juntos. Até no estilo new metal que é justamente essa fusão de música pesada com vibes eletrônicas e Rap. Sempre fui do freestyle antes mesmo da banda existir, foi algo que sempre caminhou com geral da galera que eu ando”.

O RAP de PAIMON

O Rap de Paimon é um eco no lado mais obscuro do rap goiano. Enquanto os MCs se deleitam em composições sobre vivências cotidianas, grana, fama, diss, amor, crime e drogas (pra conscientização!), problemas sociais e abusam majestosamente de punchlines, Paimon “abre a caixa de pandora”. O cantor estreia de uma forma questionadora e incisiva, falando sobre ocultismo, existencialismo, vícios, religião, deuses, fé, principalmente sobre a humanidade e seus medos.

“Odeio religiões, elas criam infernos”, diz o refrão de uma das canções. Apesar da temática, Paimon nega qualquer envolvimento com práticas anticristãs, ateístas e forças ocultas. A reflexão é fazer com que as pessoas repensem a religião e entendam a si mesmos.

“Escrevo sobre tudo que de alguma forma é maior que meu eu. Não tenho nenhuma ligação com religiões, acredito que todas elas portam sua verdade e suas falhas. Tento absorver o lado positivo de cada uma que busco entender, mas jamais me entregaria a uma convicção. Não sou ateu, eu acredito sim em uma força maior”.

Neste disco, o artista também investe no conceito eletrônico que envolve o hip hop. Para chegar a este perfil musical de Paimon, buscou influências em sons que fizeram parte da sua vida, como Slipknot, Raimundos, Sabotage, Facção Central e por aí vai. “Quero explorar o Rap, o Trap e talvez até o R&B (gênero musical que combina elementos do rhythm and blues, soul, funk, pop, hip hop e dance)”, planeja ele.

Já a mensagem é a mesma em A Última Theoria, mas ele acredita que agora as ideias vão se propagar de forma mais abrangente no Rap.

“Quero que as pessoas entendam o que eu tenho pra falar. No metal é mais complicado, o estilo é agressivo, tanto nos vocais quanto no instrumental e isso deixa mais difícil a mensagem se espalhar, por ser um público segmentado”, afirma.

Antes mesmo de pensar em algo solo no Rap, Paulo Rocha (Paimon) já havia se aventurado no gênero com outros rappers goianos de peso. Entre eles, Gigante (Atentado Napalm) que inclusive tem uma participação de Paimon no trampo solo do rapper, que deve ser lançado em breve também. Outros nomes do rap goiano que já gravou com Paimon há alguns anos foram Lethal VMG, Coiote (K’Ment), Kep (DSCrew) e o grupo Tese, de Aparecida de Goiânia.

Com shows já planejados pelo país, Paimon leva pra cena um rap mais enigmático, lírico e uma outra perspectiva de consciência. O artista já é uma grande aposta para o rap nacional e certamente vai te causar perturbações.