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Em entrevista ao RND, Cs comenta participação no Perfil #35 da Pineapple: ‘Altitude’

“Musica é arte, sempre vou definir assim. Arte está sempre em transformação e a cena do Brasil mostra isso”, afirmou.

Se você vem observando o cenário atual do Rap Nacional, pode perceber que diversos selos vêm surgindo proporcionando material para novos artistas e trazendo de volta outros que estavam mais “quietos”. Dentro desse turbilhão de informações que o Hip Hop vem vivendo, letristas talentosos não param de “dar as caras na mídia”, como foi o caso de Victor Garcez Ferreira, o Cs, da Golden Era.

Estrelando o Perfil #35, o artista vem trabalhando uma temática sublime, dialogando sobre valores como o tempo, crises existenciais, sempre tocando em entrando em assuntos que passeiam entre o alerta e a mensagem, ou melhor, como o próprio versa: “Esse som não é mensagem, é um simples alerta/ Nunca viram minhas joias, estão embaixo da blusa, vim pra mudar sua mente, então vê se me escuta…”, nos apresentando um material atual e ainda sim crítico.

Depois de verificar o perfil do artista, resolvi bater um papo pra saber um pouco sobre as percepções de fazer parte do projeto, disponibilizando aqui no RND.

Fala aí Cs, como foi a experiência de fazer parte do Perfil da Pineapple?

– Cara, foi muito interessante pra mim. Quando recebi a notícia que iria fazer um perfil, encarei aquilo como um bom momento pra eu desabafar o que eu vejo e não concordo, e principalmente um bom momento pra mostrar minha personalidade também. Me senti bem à vontade no dia e gravei da melhor forma! Foi uma experiência muito boa.

Que irado! Me fala um pouco da tua trajetória e como rolou a oportunidade de fazer parte do perfil ?

– Tudo começou a partir da minha compulsão por musica. Desde criança fui muito influenciado pelo meu pai a consumir musica boa e cresci sendo aquele tipo de pessoa que entra em depressão se não tem um fone de ouvido pra pegar um busão. Então na época do colégio eu estava bem perdido sobre o que eu iria fazer na vida e um grande amigo, o Pedro Saci, que me ensinou que eu poderia ser o que eu quisesse ser, bastava praticar.

Eu já escrevia poesias e comecei a praticar minha escrita pra se encaixar nas batidas de rap, daí no final de 2012 comecei a gravar em casa com um microfone horrível de headset e lancei diversos singles e uma mixtape com 17 faixas em 2013, chamada “Mccs – My Mind”  (na época eu usava MC no nome mas resolvi tirar). Em 2014 montei junto ao Vitor Boelter e o Yan a Golden Era, lançamos alguns singles (mas agora num estúdio de verdade) e fizemos diversos shows em rodas culturais, quando no final de 2014 a MB Records me abraçou e lançou no ano seguinte um álbum solo meu com 15 faixas chamado “Renascendo“.

Ano passado a Golden Era se reformulou totalmente, o Yan saiu, o Jeff Beats e nossos dois produtores entraram, fechando assim a formação oficial, em um momento crucial, pois estamos trabalhando na Neo Rec, temos atualmente três clipes no canal e trabalhando em dois clipes  pra lançar esse ano e três EP’s solo prontos esperando só o momento certo pra lançar. 

Depois do ultimo lançamento da Golden Era recebemos uma atenção maior na cena e um amigo, Gabriel Solano, que sempre acreditou nos meus trabalhos, foi a ponte. Ele me recomendou pra fazer o perfil lá na pineapple e parece que curtiram a ideia.

Conta um pouco sobre os seus projetos fora do Rap, existem?

– Existem! Cara eu amo hip-hop, mas sou vidrado em outros estilos musicais. Eu nasci ouvindo Pink Floyd, Beatles, Michael Jackson, Deep Purple, Jimi Hendrix e etc. Meu pai é um cara que ama musica e isso me influenciou muito. Ele também faz musica, mas como hobby, música não é a carreira profissional dele. Então tive a brilhante ideia de gravar umas músicas com ele, talvez fechar até um EP. mas nada de RAP nesse projeto.

Pra finalizar, eu queria saber como você acha que a cena atual do Rap no brasil pode ser definida, você vê mudanças pra melhor? E suas referências atuais no Rap nacional e internacional, quais são?

– Musica é arte, sempre vou definir assim. Arte está sempre em transformação e a cena do Brasil mostra isso, Tem muita gente  na cena fazendo um trabalho muito bonito, diferente e com bastante personalidade. Mas acredito que o publico/artista não deve ter pensamentos atrasados  de criar um “padrão” tosco pra definir o que é “rap de verdade” e criar um quadrado prendendo todo mundo nesse estilo, acredito que todos devem explorar seu lado musical, fazer diferente, experimentar, criar com a alma e não ficar fazendo os mesmos estilos de música só por que está dando views e dinheiro. Corra dessa inercia sonora. Como diz o gênio Hermeto Pascoal, eu não perdoo músicos que não exploram sua musicalidade. (risos),

No Rap nacional eu costumo escutar muito Sintese, Jé Santiago, Bllk Gang (e os sons de cada artista desse coletivo), Quinto Andar/subsolo(meu favorito), NiLL, Criolo, De Leve, Shawlin e por ai vai, na cena internacional costumo ouvir e estudar muito esses caras, Kendrick Lamar, Tyler, the Creator, Rich Chigga, Mellowhype, Vic Mensa, Chance The Rapper e também a galera voltada mais pro R&B que eu ultimamente tenho escutado muito mais, The Internet, Daniel Caesar, Kali Uchis, Childish Gambino, Erykah Badu e etc.

Você pode assistir o perfil #35 do Victor Cs “Altitude” aqui: 

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