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Até US$ 50 mi: Dupla que descobriu Eminem vende parte da música do rapper

Os CDs estavam substituindo os discos de vinil quando Jeff e Mark Bass apostaram em um jovem rapper branco chamado Marshall Mathers. Eminem, como ele é conhecido, se tornou um dos músicos mais populares do mundo.

Agora, os irmãos, que ainda possuem parte do catálogo de Eminem, querem vendê-lo. Eles decidiram vender até 25 por cento de sua sociedade à Royalty Flow, que comprará a participação com o dinheiro arrecadado em uma míni oferta pública inicial, disseram executivos da empresa. Eles pretendem registrar nesta segunda-feira (25) na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA a venda de ações ao público em uma oferta Regulation A+, para depois buscar vendê-las na bolsa de valores.

Fãs de música e investidores têm poucas oportunidades de investir diretamente na indústria musical, onde os maiores atores são empresas de capital fechado ou partes de grandes corporações. Graças a uma lei de 2012 dos EUA, que tornou mais fácil para as pequenas empresas captar dinheiro, os investidores que acreditam que o crescimento do streaming tornará o catálogo da Eminem mais valioso poderão comprar uma fatia. O Spotify será outra oportunidade, quando abrir seu capital.

Se você é um fã e quer apostar nesse artista, você pode fazer um investimento pessoal”, disse Joel Martin, parceiro comercial dos irmãos Bass. “Isso coloca o investidor médio em uma posição na qual eles não estariam antes.

A Royalty Flow pretende arrecadar entre US$ 11 milhões e US$ 50 milhões, disseram o fundador Matt Smith e o diretor financeiro Jeff Schneider em uma entrevista. Os irmãos Bass concordaram em vender 15 por cento de sua sociedade e aceitaram receber os primeiros US$ 9,75 milhões da venda de ações, ou US$ 18,8 milhões caso se comprometam a vender 25 por cento. Qualquer capital adicional irá para a empresa com sede em Denver, para comprar mais direitos de música e, por fim, pagar dividendos.

Smith chegou ao acordo através da Royalty Exchange, que ele comprou em 2015 e que já realizou cerca de 180 leilões de direitos musicais. Smith viu a oportunidade de vender música para uma ampla gama de investidores depois que o presidente Barack Obama assinou uma lei de impulso às startups comerciais em 2012 para ajudar as pequenas empresas a captar recursos. Foi quando ele criou a Royalty Flow.

Uma oferta Tier 2 Regulation A+, como a da Royalty Flow, é uma espécie de financiamento coletivo, porque permite que investidores não credenciados comprem uma participação em uma empresa com certas limitações. É uma possível porta de acesso ao IPO tradicional, mas os acionistas não têm garantia de que haverá um mercado para negociar a ação. A empresa deve apresentar os documentos de oferta e declarações financeiras auditadas à Comissão de Valores Mobiliários.

Uma música pode ter diversos proprietários — de compositores e artistas a discográficas e gravadoras –, e cada um tem direito à receita que ela produz. Smith apresenta a Royalty Flow como uma forma de que os investidores médios participem da corrida do ouro do streaming.

Para os irmãos, o acordo permite abandonar parcialmente um investimento que não parecia tão bom há 25 anos, quando eles começaram a trabalhar com Eminem. O único rapper branco bem-sucedido era Vanilla Ice. Mas eles assinaram um contrato entre Mathers e a FBT Productions e lançaram seu disco de estreia “Infinite“.

Por: Lucas Shaw da Bloomberg