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Representatividade: Odara Soares vai tombar seu preconceito

Seu single de estreia se chama “Palavra” uma música forte que narra a luta de uma mulher trans no Brasil, questiona estereótipos LGBTfóbicos e critica a hipocrisia dos mais preconceituosos.

Odara Soares, 24 anos, mulher trans, negra e periférica. Natural de Itaquera, mas reside atualmente em Sorocaba, a rapper Odara surpreende com sua luta pela representatividade das bandeiras que carrega dentro do hip-hop, mas segundo ela não é mais que sua obrigação.

– ”Quando você é negra, as pessoas acham que tem o direito de dizer o que você pode ou não fazer, até onde você pode ir… quando você é uma pessoa trans, as pessoas acham que podem anular suas qualidades, anular sua capacidade do que quer que seja, inclusive de ser respeitada, acham que você tá ali pra alimentar o ego frustrado delas, e quando você é tatuada raramente não te enxergam como marginal, ou fora da lei , isso quando não dizem ser a marca do diabo (risos) então somando o peso disso tudo, na sociedade atual, machista, racista, misógina, LGBTransfóbica, patriarcal, e hipócrita, na qual vivemos, posso lhes afirmar que o fato de simplesmente existir, as vezes sobrecarrega demais, é meio que humanamente impossível, mas sou boa de briga, e a vida sabe disso! nunca aceitei alguém me dizendo o que eu posso ou não fazer, ser, estar, ou obter, hoje entendo meu papel social, aproveito o momento atual, em que muita gente aceita evoluir e abrir a mente,e sigo com amor, e resistência, pra  expor o meu trabalho ao mundo, e dar voz às comunidades na qual pertenço”. Odara Soares

Atualmente ela está em processo de produção do seu primeiro EP de 8 faixas, que promete ser um tapa na cara dos mais preconceituosos e uma crítica as armadilhas do sistema, a principal finalidade segundo a própria é emponderar as minorias e educar as pessoas ignorantes acerca de tais questões de militância.

Seu single de estreia se chama “Palavra” uma música forte que narra a luta de uma mulher trans no Brasil, questiona estereótipos LGBTfóbicos e critica a hipocrisia dos mais preconceituosos.

https://www.youtube.com/watch?v=qETjom8cqJI

Trecho da Música
“Não preciso do aval de pra ser quem eu quiser, só eu tou na minha cabeça e te afirmo eu sou mulher”.

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