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Saiba mais sobre Cachola e sua parceria com Fabio Brazza no som ‘Terra de Ninguém’

A qualidade de suas letras, levada e originalidade chamam atenção para uma evolução que o colocou como um dos expoentes do rap gaúcho e do sul.

Cachola se destacou na cena ainda moleque através das batalhas de freestyle, vindo a ser campeão da liga dos mc’s da etapa de Porto Alegre, em 2007. Começou a fazer rap ouvindo Planet Hemp, absorvendo a influência do raggamufin. Ouvindo Rael começou a tentar colocar melodias junto ás suas rimas e através de Marechal, Emicida, e outros mc´s aprimorou a parte do improviso e conteúdo das rimas.

Da cena atual, Cachola destaca diversos mc’s de diferentes segmentos dentro do rap: as letras do Brazza, Don L e seu flow “universal”, Amiri, Rapadura, Atentado Napalm, entre outros.

Cria da Vila Nova, zona sul da cidade, fez um trabalho notável junto ao Família Teto Preto, antes de levar sozinho o seu som. A qualidade de suas letras, levada e originalidade chamam atenção para uma evolução que o colocou como um dos expoentes do rap gaúcho e do sul.

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Veja também | Ouvi o som do Cachola e pirei; ouça ‘Raggamuffin Style’

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Prova do reconhecimento foi o convite para participar de uma edição do Rap Box e recentemente de um som em conjunto com Fabio Brazza, “Terra de Ninguém“, trazendo um tom político e impondo o seu estilo nos versos.

A parceria com o Brazza começou justamente pela sua participação no Rap Box, na qual foi convidado através da sua música de trabalho “Sentimentos Hi-Tek“. Ao chegar no Casa1 para a gravação, de cara conheceu Brazza, que trabalha diretamente com o Léo e recentemente tinha escutado e curtido o som do porto alegrense. A afinidade musical e de ideias marcou a junção entre os dois após alguns rolês, culminando no single.

O som dá um tom áspero de crítica aos “pais da maldade”, que segundo o rapper são as pessoas que prejudicam outras em prol de um benefício próprio e que mesmo tendo o conhecimento de que suas atitudes são de má índole, assim mesmo as mantém.

Em relação a política, o mc diz que a polarização confunde as pessoas, limitando de forma simplista a visão das mesmas, assim como o extremismo e a radicalização. “A política no Brasil está como sempre foi, infelizmente. O Brasil é um país que não teve um desenvolvimento em certas áreas por falta de interesse dos governantes em relação as coligações que eles fazem, tanto com corporações ou coligações políticas mesmo. Então somos muito prejudicados por isso, também pela burocracia e a nossa constituição é muito velho. Temos que renovar, aprimorar”.

Falando sobre o seu processo de evolução dentro do rap, Cachola divide de duas formas: o processo como artista e o de engajamento social, que segundo ele andam juntas. “Falando sobre a estética do som e técnica, cada mc tem várias atribuições e quanto mais ele bebe de outras fontes mais ele aprimora essas atribuições que tem. É importante que o pessoal que faz rap não escute apenas rap. Tem que começar a encarar o rap como música de fato e relacionar e atribuir a ele características de outras vertentes. Eu sempre fui cabeça aberta para analisar isso e tentar aprimorar a minha rima, a minha música a partir de várias outras vertentes, sem ter preconceito com outros estilos musicais“.

Agora fica a espera por novos sons e parcerias como essa que só tem a acrescentar ao rap e aos nossos ouvidos.