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“O Sistema não aceita, a gente enfrenta”: Conheça Mariana Ma Boo e seu single ‘Preta Atitude’

Nascida em Jundiaí, Mariana Theodoro, conhecida como Ma Boo (22 anos), é filha de um professor sambista, cresceu frequentando os bailes do clube negro.

Nascida em Jundiaí, Mariana Theodoro, conhecida como Ma Boo (22 anos), é filha de um professor sambista, cresceu frequentando os bailes do clube negro. Autodidata, escreveu as primeiras poesias aos 10 anos e atualmente segue firme na produção do seu primeiro trabalho.

O single “Preta Atitude” compõe uma das faixas do disco “Afrofuturistando“, ainda sem previsão de lançamento. Ma boo dedica esta onda sonora a todas mulheres guerreiras, pretas na pele, pretas de alma, emponderadas e rainhas que a inspiram. O clipe foi produzido pela Bonobo Produções.

A música é pela quebra de padrões e resistência LGBT. A mc sororiza através do som para que as minas sintam-se representadas tanto pela letra da música, pelas imagens e, muito mais que isso, que em seu próprio cotidiano cada uma cuide mais uma das outras sem competição. A mensagem é de amor e união entre as todas, pois juntas vamos muito mais longe. “O sistema não aceita, a gente enfrenta. Jamais seremos silenciadas”, pontua Ma Boo.

Há alguns meses, a convite do Quebrada Groove, a rapper lançou o vídeo da música “Resistência“, que também compõe seu novo disco. Cada faixa traz um ritmo brasileiro diferente dentre outras influências desde o samba à mpb, baião, rock afrobeat, funk soul e jazz.

Foi um processo demorado pois o sample de Clara Nunes é muito forte e trás reflexão. Realmente o canto das 3 raças foi a minha maior inspiração“, nos conta Ma Boo. “O disco sai quando eu estiver em plena evolução espiritual“, afirma.

Sobre a inspiração do som, Ma boo afirma que é na real uma síntese de tudo que vivemos: a situação atual do país, política, algo para se refletir… Re-existir todos os dias, sair das redes sociais e militar nas ruas, ocupar os espaços públicos que são nosso por direito, o emponderamento de nossas raízes ancestrais, a resistência negra feminina, a resistência lgbt, e a resistência dos artistas independentes.