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Em entrevista com Ferréz, Eduardo Taddeu revela seu primeiro contato com o Rap

Nas partes anteriores, Eduardo relembrou algumas memórias do local onde viveu, e agora, o mc revelou como foi seu primeiro contato com o elemento musical da cultura Hip Hop.

Depois de divulgar a primeira e a segunda parte (A e B) da troca de ideia entre o escritor Ferréz e e o rapper Eduardo Taddeo, a marca 1daSul liberou a parte C dessa entrevista que aconteceu na quebrada onde Eduardo cresceu.

Nas partes anteriores, Eduardo relembrou algumas memórias do local onde viveu, e agora, o mc revelou que seu primeiro contato com o elemento musical da cultura Hip Hop foi de uma maneira “marginal“:

— O Rap entrou na minha vida de uma maneira marginal. E isso é muito louco, porque o Rap é uma música marginalizada, e ele veio através de um rádio gravador. E então meu cunhado roubou esse rádio gravador e, em um dos decks, onde tocava fita K7, uma das fitas tinha a música “Corpo Fechado“, do Thaíde [e DJ Hum]. Então quando eu ouvi pela primeira vez, ai eu… sabe… você tem aquele impacto emocional e você fala: “puta, isso aqui mexeu comigo”.

Eduardo também se colocou como exemplo para mostrar que, muitas vezes, quem está correndo pelo caminho errado só precisa de uma oportunidade (e enxerga-la) pra sair fora:

— Eu estava ali com pré-disposição total pra criminalidade, cometendo, como eu posso dizer… pequenos delitos, [furtando] toca-fitas né, nem tinha CD na época. Então era o caminho. É que, como que eu posso dizer… acho que o Rap entrou na minha vida de uma forma correta, ela entra bem na hora que você tá ali saindo da infância pra fase da adolescência, então ele foi um divisor de águas. E é o que eu sempre digo: quando você tem uma oportunidade, quando você enxerga um diferencial, você acaba mudando. Então, se o Rap não entra na minha vida nesse local aqui [no cortiço onde Eduardo cresceu] no momento que entrou, sinceramente hoje a gente talvez nem estaria aqui. Não vou nem dizer que a gente poderia estar trocando ideia num presídio, porque todos os manos da minha época, eu acho, que nenhum tá vivo pra contar história.

O vídeo é uma realização da 1DaSul com produção da Galocha. Assista: